As finanças comportamentais são uma subárea da economia e das finanças que se concentra nas tendências de comportamento humano que influenciam as decisões financeiras. Elas estudam como as pessoas tomam decisões econômicas e como essas decisões podem ser influenciadas por fatores psicológicos, sociais e culturais.
Uma das principais descobertas das finanças comportamentais é que as pessoas frequentemente não se comportam segundo as teorias econômicas tradicionais, que pressupõem que as pessoas são racionais e sempre buscam maximizar seus lucros. Em vez disso, as finanças comportamentais mostram que as pessoas são influenciadas por uma variedade de fatores, incluindo emoções, crenças e preconceitos, que podem levar a decisões financeiras irracionais.
Por exemplo, as pessoas podem ser influenciadas por uma tendência conhecida como “efeito de ancoragem”, em que elas se baseiam em informações irrelevantes para tomar decisões financeiras. Isso pode ser visto quando as pessoas comparam preços de imóveis em uma área, mas se baseiam em preços de imóveis em outra área que não tem relação com o mercado local.
Outro exemplo é a tendência conhecida como “efeito de endowment”, em que as pessoas atribuem mais valor a um item que possuem do que ao mesmo item que não possuem. Isso pode ser visto quando as pessoas recusam uma oferta de venda de um ativo que possuem, mas que poderia ser vendido por um preço mais alto do que o preço que elas estão dispostas a pagar.
Além disso, as finanças comportamentais também mostram que as pessoas tendem a ser mais cautelosas com o dinheiro que elas ganharam do que com o dinheiro que elas ganharam. Isso pode ser visto quando as pessoas são mais propensas a gastar dinheiro que ganharam em um prêmio do que dinheiro que ganharam como salário.
As finanças comportamentais também mostram que as pessoas tendem a se concentrar mais nas perdas do que nas vitórias. Isso pode ser visto quando as pessoas se concentram mais em uma perda financeira do que em um lucro financeiro.
As finanças comportamentais também mostram que as pessoas tendem a ser mais propensas a seguir a multidão e a seguir tendências de mercado, em vez de fazer sua própria análise. Isso pode ser visto quando as pessoas investem em ativos apenas porque outras pessoas estão fazendo o mesmo, sem avaliar a rentabilidade real do investimento.
Além disso, as finanças comportamentais também mostram que as pessoas tendem a subestimar os riscos de investimento e superestimar sua capacidade de prever o desempenho futuro do mercado. Isso pode levar a investimentos imprudentes e a perdas financeiras desnecessárias.
Apesar dessas tendências comportamentais negativas, as finanças comportamentais também fornecem insights valiosos sobre como as pessoas podem melhorar suas decisões financeiras. Por exemplo, as finanças comportamentais sugerem que as pessoas podem tomar decisões financeiras mais racionais se elas estiverem cientes dessas tendências comportamentais e se esforçarem para superá-las.
Vieses de finanças comportamentais
Os vieses afetam a tomada de decisão financeira. Estes vieses incluem erros de raciocínio cognitivo, influências sociais, preferências de incapacidade de processamento, atribuição de erro e efeitos de distorção. Os vieses ajudam a explicar por que as pessoas às vezes resistem ao conselho financeiro, tomem decisões irracionais e cometam erros financeiros recorrentes.
Os vieses que afetam as finanças comportamentais incluem o viés do status quo, o viés do esforço, o viés de confirmação, o viés de ancoragem, o viés de ilusão de controle, o viés de autosserviço, o viés da avareza, o viés de exibição e o viés de diversificação excessiva.
Conheça os principais vieses de finanças comportamentais
Os vieses que afetam as finanças comportamentais incluem o viés do status quo, o viés do esforço, o viés de confirmação, o viés de ancoragem, o viés de ilusão de controle, o viés de autosserviço, o viés da avareza, o viés de exibição e o viés de diversificação excessiva.
Conheça os principais vieses de finanças comportamentais:
1 – Status quo: tendência de manter a mesma estratégia financeira, mesmo quando ela não é a mais adequada;
2 – Esforço: tendência de valorizar mais o esforço do que o resultado;
3 – Confirmação: tendência de procurar informações que confirmem suas crenças, em vez de buscar informações que possam refutá-las;
4 – Ancoragem: tendência de basear sua tomada de decisão em informações irrelevantes;
5 – Ilusão de controle: tendência de acreditar que temos mais controle do que realmente temos;
6 – Autosserviço: tendência de buscar informações ou recursos que o ajudarão a confirmar suas crenças ou escolhas;
7 – Avareza: tendência de priorizar o ganho financeiro em detrimento de outras prioridades;
8 – Exibição: tendência de priorizar a satisfação de outras pessoas em detrimento da satisfação própria;
9 – Diversificação excessiva: tendência de investir em muitos ativos, mesmo quando isso não é necessário.
Finanças comportamentais exemplos
1 – Efeito de ancoragem: É quando as pessoas se baseiam em informações subjetivas ou num primeiro preço para determinar quanto vale algo. Por exemplo, um comprador pode decidir que um carro vale R$ 10.000 com base no preço inicial e não se importar com as ofertas mais baixas;
2 – Efeito de confirmação: É quando as pessoas tendem a procurar informações que confirmam suas crenças pré-existentes. Por exemplo, um investidor que acredita que as ações da Apple irão subir pode procurar por notícias que confirmem essa previsão, ao invés de considerar informações que possam indicar o contrário;
3 – Efeito de endowment: É quando as pessoas são excessivamente relutantes em vender algo que já possuem. Por exemplo, um investidor pode se recusar a vender suas ações da Apple, mesmo quando elas caem de preço, porque eles sentem que têm um vínculo com elas;
4 – Efeito do status quo: É quando as pessoas tendem a manter a mesma estratégia financeira, mesmo quando as circunstâncias mudam. Por exemplo, um investidor pode se recusar a mudar de estratégia, mesmo quando as taxas de juros mudam;
Dicas para melhorar as decisões financeiras
Algumas dicas para melhorar suas decisões financeiras são elas:
Fazer uma pesquisa detalhada antes de tomar decisões financeiras importantes, ao invés de seguir tendências de mercado ou seguir a multidão;
Manter uma perspectiva a longo prazo, em vez de se concentrar apenas em ganhos;
Aprender a controlar suas emoções e evitar tomar decisões impulsivas baseadas em medo ou euforia;
Fazer uma avaliação realista dos riscos e recompensas de cada investimento e considerar as possíveis consequências de suas decisões financeiras;
Obter opiniões de fontes independentes e confiáveis, como consultores financeiros ou economistas, antes de tomar decisões financeiras importantes.
Além disso, as finanças comportamentais também fornecem insights valiosos para os profissionais de finanças, como bancos, corretores, e gestores de fundos, permitindo-lhes entender melhor as tendências de comportamento de seus clientes e adaptar sua estratégia de negócios para atender melhor às necessidades de seus clientes.
Em resumo, as finanças comportamentais oferecem uma compreensão única das tendências de comportamento humano.